A Região Metropolitana de Salvador (RMS) será representada por duas estudantes do município de Pojuca no Japão. Larissa Gabrielle Silva da Cruz e Maria Eduarda de Souza Siqueira, de 17 e 18 anos, respectivamente, são alunas do Colégio Técnico Mário Barbon e viajarão à terra do sol nascente para participar da premiação no concurso Ideias Inovadoras, promovido pela Fundação José Carvalho (FJC), com o apoio da Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) e Silbasa. As meninas conquistaram a primeira colocação e a apresentação acontecerá em outubro. 5449z

Ao todo, mais de 370 estudantes com idade entre 12 e 18 anos, da rede de unidades educacionais mantidas pela FJC, participaram da primeira edição do concurso. A iniciativa visa incentivar o desenvolvimento de projetos criativos e originais, com potencial para se tornar um produto ou serviço de excelência para diversos nichos de mercado.
“Assistimos a apresentações de projetos criativos e interessantes, que objetivam contribuir para um mundo mais sustentável e melhor. Os participantes compreenderam o significado de serem pesquisadores, cientistas e criaram inovações categorizadas como uma tecnologia, produto ou serviço ível que são importantes e, essas, poderão fazer a diferença para a sociedade”, avalia a professora e diretora de Educação da Fundação José Carvalho, Rosely Gomes Machado.
As baianas e vencedoras dessa edição de estreia, apostaram no resgate de histórias, dando visibilidade a narrativas de tradição oral e, assim, eternizando memórias que costumam se perder no tempo. Com ideias conjuntas, Larissa Gabrielle e Maria Eduarda de Souza idealizaram o aplicativo Museu Virtual de Literatura e História (MUVILIH).
“Sou moradora de Pojuca, uma cidade com história rica, porém desconhecida, invisibilizada. Com o projeto, buscamos contribuir para que relatos de pequenas cidades – relatos orais – cheguem a todos, de forma ível. Através do aplicativo, conseguimos garantir que essas memórias não se percam. Como exemplo, as manifestações culturais, que precisam ser conhecidas e transmitidas de geração para geração, como o Boi Janeiro, iniciado por Dona Lindu, tão tradicional aqui na cidade”, enaltece Maria Eduarda.
Orientador da equipe vencedora e ex-aluno da FJC, o professor Delmaci de Jesus garante que o serviço desenvolvido pelo aplicativo vai incentivar a conservação da memória coletiva por meio de uma proposta colaborativa, proporcionando interação e aprendizagem.
“As narrativas tradicionais orais não são encontradas em livros didáticos, mas são de fundamental importância para a formação de indivíduos críticos, ampliando o conhecimento e perpetuando as memórias e as histórias. O aplicativo foi concebido a partir de uma ideia simples, porém com um impacto social significativo e, ao mesmo tempo, reafirmando que a inovação pode ser pensada e realizada por todas as ciências”, pontua o professor.