Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), salienta que o Dia das Mães, que este ano será comemorado em 11 de maio, é uma das datas mais importantes para o setor. “A data costuma impulsionar a produção no primeiro semestre, período normalmente marcado por vendas menos aquecidas após as festividades de fim de ano”, observa. 6e5411
Outro fator que, associado à comemoração, pode potencializar os resultados é o clima mais frio, típico do outono-inverno no Hemisfério Sul. Temperaturas mais baixas ajudam a dinamizar as vendas das coleções de inverno, beneficiando lojistas e indústria. “Um bom desempenho no Dia das Mães, estimulado pelo fator climático, pode incrementar o comércio varejista e gerar um efeito cascata positivo para toda a cadeia produtiva e indústria”, explica o dirigente.
Um varejo fortalecido em maio tende a realizar um planejamento com mais confiança das compras referentes às próximas datas comerciais, como Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, Black Friday e Natal. “Quando há um bom movimento potencializado pelo clima, o varejo fortalecido pode antecipar encomendas, aumentando variedade e quantidade de produtos.” Além disso, um fluxo de caixa mais robusto permite que as empresas dependam menos de prazos estendidos dos fornecedores, beneficiando toda a cadeia produtiva.
Para aproveitar esse cenário, Pimentel ressalta a importância de um acompanhamento próximo do desempenho do varejo, flexibilidade na produção para atender às demandas de última hora e inovação em produtos para satisfazer as expectativas do consumidor. “Um frio antecipado que coincida com o Dia das Mães não representa apenas uma oportunidade imediata, mas potencialmente o início de um ciclo virtuoso que beneficiará toda a cadeia”, avalia.
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Embora a primavera e o verão sejam as estações mais fortes para o setor têxtil e de confecção no Brasil, um inverno bem definido nas regiões Sul e Sudeste pode aquecer o mercado e criar um ambiente mais favorável para os próximos meses. “Quando temos uma boa temporada de temperaturas mais baixas em regiões consumidoras importantes nas quais faz mais frio, como Sul e Sudeste, o comércio é estimulado, refletindo na indústria e criando uma expectativa positiva”, explica Pimentel.
